sexta-feira, 29 de julho de 2011

A volta para casa: nós, mães e mulheres

A Volta à Normalidade
O nascimento de um filho é um evento extraordinário do ponto de vista psicológico e um grande "terremoto" físico. No seu corpo durante nove meses, se verificaram profundas transformações, alguns orgãos alteraram suas funções e dimensões e agora será necessário um certo tempo para reencontrar o equilíbrio e voltar à normalidade. Neste período outros hormônios e outros orgãos devem iniciar a produzir o alimento nutritivo para o seu bebê. Mas não se preocupe... principalmente se seu parto foi normal, se não houve complicações e se você está com boa saúde, em pouco tempo tudo voltará ao normal. Esta fase de "assentamento", que permite ao organismo de se recuperar, se chama puerpério e dura 6 a 8 semanas.
  Como muda o corpo: o utero é o orgão que mais "sofreu" na aventura de sua gravidez. Durante nove meses, foi-se dilatando lentamente até chegar ao peso de aproximadamente 1 quilo. Foi cresendo até chegar a dimensões 30-40 vezes maiores do que o normal, indispensáveis para acolher um bebê de cerca 3 quilos. Logo após o parto, o utero começa a diminuir, cerca 1 cm ao dia, e para tornar às dimensões originais serão necessárias 3 a 4 semanas. As contrações que se sentem neste período são o resultado do mecanismo de diminuição das fibras muscolares.
Outro sinal da volta à normalidade são as perdas sanguíneas que durão cerca de 10 a 20 dias. Servem para que o utero elimine os tecidos que ficaram em contato com a placenta e para assim reconstruir o revestimento interno que dará origem ao novo ciclo menstrual. Se você está amamentando as primeiras menstruações aparecerão com uma cadência muito variável, se você não amamenta ao peito sua menstruação reaparecerá após dois meses. A vagina é bastante elástica para voltar às dimensões normais em breve tempo.
  O controle com o ginecologista: antes da alta da maternidade, o ginecologista fará uma visita de controle. Se o parto foi normal e sem complicações será aconselhável um retorno em 40 a 50 dias depois do parto. Esta será a hora de se falar em contracepção, pois mesmo se você estiver amamentando, em muitos casos a ovulação recomeça antes do final da amamentação e portanto existe a chance de se engravidar novamente. No caso de parto cesáreo o retorno com o ginecologista será aproximadamente 10 a 15 dias depois da cirurgia. E depois, com a periodicidade de antes da gravidez.

  A Organização da Vida Quotidiana
Mesmo que você tenha programado nos mínimos detalhes o início da sua nova vida com o bebê, a realidade te apresentará muitas surpresas. Porque um recém-nascido tem exigências dificilmente programáveis e adaptáveis ao estilo de vida de um adulto. Nestes primeiros dias é melhor delegar a outras pessoas o cuidado com a casa e os afazeres quotidianos. Agora, o mais importante é o seu repouso e o contato com o bebê. Antes do nascimento do bebê faça grandes estoques: fraldas, produtos de limpeza, alimentos congelados. Isso a ajudará a não ficar ansiosa pensando nas compras e na alimentação da família. Você pode sempre contar com compras em supermercados que entregam a domicílio... informe-se antes! Muitas neo-mamães se sentem em culpa pelo estado de desordem da casa. Bobagem... faça o que puder, e com o tempo você verá que as coisas voltarão à ordem normal.
  Como relaxar um pouquinho: aproveite quando seu bebê estiver dormindo... os recém nascidos dormem muito durante o dia, e permitem às mães que façam o mesmo. Outra dica para relaxar é aproveitar a presença de seu marido ou dos avôs para tomar aquele banho relaxante. Lembre-se que é muito importante você se preocupar com você mesma e ter cuidados especiais com o seu corpo. E lembre-se que relaxar significa também dominar a ansiedade que pode aparecer nestas horas... aproveite com serenidade de cada momento com seu bebê... Outra coisa muito importante é seguir seu instinto... O melhor conselho é não seguir conselhos!!! Obviamente o ideal é considerar todas as teorias que nos dizem como sugerimentos úteis para resolver um problema prático. O desejo de fazer as coisas certas e de aprender o mais rápido possível a ser uma boa mãe não deve fazer você esquecer um precioso aliado: seu próprio instinto. Escute sempre a voz que fala dentro de você e coloque-a em prática... costuma ser a resposta certa!!!
  A depressão: o bebê tão esperado finalmente nasceu, tudo correu bem... mas à nova mamãe acontecem inesperadas crises de choro, e nem ela sabe o porque. É um fenomeno muito comum (atinge cerce de 70% das mulheres), uma inexplicável tristeza conhecida também como "baby blues"... As causas podem ser várias: física (a experiência do parto traz algunas sinais de fraqueza e falta de enrgia, e também as transformações hormonais em andamento como por exemplo a que inicia a produção de leite); emotivo (durante meses você esperou este momento, com o desejo de finalmente conhecer o seu bebê e o medo de que algo poderia acontecer... é normal este sentimento de melancolia após um período de tanta tensão nervosa); psicológico (durante a gravidez tudo era mais simples... o bebê se nutria através de você, fazia parte da sua existência de modo natural. Agora, você tem em seus braços um ser frágil, totalmente dependente de você, com uma série de necessidades e é normal você se perguntar "serei uma boa mãe?" e sentir-se ansiosa com a nova função). Na maior parte dos casos, esta melancolia some em alguns dias. Mas se as crises de choro ou apatia continuarem por semanas é melhor conversar com um especialista. O ideal é preparar-se para esta possível fase, e contar com a ajuda e compreensão principalmente dos neo-papais para compartilhar as angústias e dúvidas dos primeiros dias depois do parto.

  Amamentação, um Gesto de Amor
"Terei leite suficiente?" Quantas vezes durante os últimos meses da gravidez, você não se fez esta pergunta...Isto confirma como hoje em dia o desejo de amamentar ao seio o próprio bebê é amplamente difundido, principalmente pelas inúmeras vantagens que esta decisão terá à saúde do seu bebê. As primeiras tentativas, ainda no hospital, podem não corresponder à idéia que você tinha, mas é normal. A amamentação é um ato natural, mas é uma experiência nova tanto para você como para o bebê. No início, as mamadas serão breves pois seu bebê não há necessidade de muito leite, pois receberá o colostro, chamado "primeiro leite", denso de substancias nutrientes e anticorpos. Assim, ele começará a aprender a mamar e você começará a curtir esse momento tão especial. Não se preocuper se em alguma mamada seu bebê não parecer mamar como deve... ele sabe se regular sozinho e com certeza terá mais fome na mamada seguinte. Você pode optar por amamentar em horários fixos ou mais livremente quando ele requisitar.... de qualquer modo a amamentação ao seio é o que garante maior nutrição ao seu bebê e que também permite a você maior liberdade de ação (o seu leite estará sempre disponível em qualquer situação).
  Como enfrentar alguns problemas: é importante que você esteja a par de alguns inconvenientes mais frequentes nas primeiras semanas, pois assim você estará preparada e poderá evitar pequenas complicações:
1) Dor nos bicos dos seios: mesmo se você se preparou com cremes e massagens durante a gravidez, agora com a sucção que seu bebê faz, a dor pode aparecer... em geral após as 10-12 primeiras mamadas elas desaparecem, mas faça atenção para que seu bebê ao mamar pegue com a boca não só o bico mas também a aréola, faça também banhos de sol ou luzes nos seios por 10-15 minutos todos os dias, e também espalhe com o dedo sobre a aréola um pouco de seu leite, melhor ainda o próprio colostro... lembre-se que é nutritivo.
2) Seio duro: às vezes quando há muita produção de leite, seu seio fica inchado, dolorido, e o bebê não consegue prender-se ao seio e nem mamar direito. Para evitar isso, o melhor é que as mamadas sejam frequentess e regulares desde os primeiros dias, e que o seio fique totalmente vazio. Como? Basta espremer seu seio com a palma da mão, do alto em direção à aréola (se sentir dor, não desista!!! acredite em mim); duchas quentes também ajudam.

  A Volta à Forma Física
Cedo ou tarde todas nós devemos enfrentar o momento de subir na balança e de dar uma olhada no espelho. Mesmo se nas primeiras semanas estamos submersas entre mamadas, fraldas e outros afazeres, chegará o momento de fazer um balanço do pós- parto. Considerando o aumento de peso ideal de 11 quilos durante a gravidez, logo após o parto você terá perdido cerca de 5 quilos (o bebê que em média pesa 3,3 quilos; a placenta 650 gramas; e o líquido amniótico 800 gramas). Em aproximadamente uma semana, você perderá mais dois quilos, uma parte devido à redução do útero, que de um quilo ou mais de peso volta aos normais 50-60 gramas; outra parte devido à eliminação de líquidos através da urina e do suor. Os quilos a mais são importantes e têm uma finalidade específica: são "programados" para a amamentação, representando uma reserva calórica que permitem ao organismo produzir leite.
  Perda de peso natural: o utero é o orgão que mais "sofreu" na aventura de sua gravidez. Durante nove meses, foi-se dilatando lentamente até chegar ao peso de aproximadamente 1 quilo. Foi crescendo até chegar a dimensões 30-40 vezes maiores do que o normal, indispensáveis para acolher um bebê de cerca 3 quilos. Logo após o parto, o utero começa a diminuir, cerca 1 cm ao dia, e para retornar às dimensões originais serão necessárias 3 a 4 semanas. As contrações que se sentem neste período são o resultado do mecanismo de diminuição das fibras muscolares.
  Quando iniciar uma dieta: durante a amamentação não existe razão lógica para iniciar uma dieta. Aliás, quem assim fizer corre o risco de não poder nutrir bem o próprio bebê pois a produção e a qualidade do leite podem ficar comprometidas. Espere o fim da amamentação para iniciar uma dieta. Mas se você optou pela mamadeira, poderá então iniciar uma dieta sem problemas, desde que com calma e inteligência... lembre-se que você tem um gasto maior de energia com os cuidados com seu bebê e com o cansaço das noites de sono interrompido. Inicie com alguns truques simples que ajudarão a dar início a uma volta à forma física gradativamente: faça compras quando não tiver fome (evitará de comprar guloseimas, docinhos e outras delicias calóricas); encha o carrinho de frutas e verduras (além de super dietéticos, são excelentes fontes de vitaminas e sais minerais); esqueça as dietas relâmpagos (são obviamente pouco saudáveis, deixando-a debilitada fisicamente e logo a seguir você recuperará os quilos perdidos); evite iniciar dietas sem orientação médica, melhor procurar um especialista que a ajudará de forma programada a recuperar a forma física, corrigindo deficiências nutricionais e hábitos errados.

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