domingo, 31 de julho de 2011

Alergia e as crianças

Alergia nada mais é do que uma reação de hipersensibilidade a determinada substância, também conhecida como alérgeno, que pode incomodar o bebê e atrapalhar seu desenvolvimento. Ao entrar em contato com um alérgeno, o corpo da criança o reconhece como um invasor e reage por meio de inchaços, maior quantidade de muco e entupimento das vias nasais. Na maioria dos casos os sintomas são respiratórios. Há diversas formas de ocorrer a exposição à substância alergênica, como por contato físico, pela respiração, por ingestão e por injeção.
Em julho, os primeiros dias do inverno e o frio subseqüente podem provocar nas mães a dúvida se o pequeno apresenta sintomas de alergia ou se apenas está resfriado. Dentre os principais sinais que indicam alergia estão o nariz escorrendo, espirros, olhos vermelhos e lacrimejando, respiração pela boca, coceiras, garganta irritada e vermelhidão em regiões da pele.
Os alérgenos podem chegar ao seu filho de diversas maneiras: transportados pelo ar, como o pólen, os fungos, os ácaros, a poeira e as caspas de animais; contidos em alimentos, como chocolate, amendoim, morango, ovo e leite de vaca; por picada de determinadas insetos ou contato com certas plantas; pelo contato com travesseiros de pena ou roupas de lã. O fator genético tem papel relevante no desenvolvimento da alergia. Acredita-se que se um dos pais for alérgico, existe também a possibilidade que o filho o seja. Estas chances podem dobrar caso ambos os pais tenham alguma espécie de alergia, embora nem sempre os elementos causadores sejam os mesmos.
Muitas vezes a identificação da alergia leva algum tempo para ocorrer. Por isto, é preciso atenção logo quando surgirem os primeiros sintomas, o que ocorre normalmente em ambientes fechados como a casa e a creche. Elimine as possibilidades uma por uma: se a suspeita cair sobre cães, gatos ou outros animais, retire-os do ambiente em que vive o bebê; no caso da poeira, aproveite quando o nenê não estiver em casa para uma faxina geral. Se a criança melhorar após tomadas estas medidas, é grande a chance da mamãe ter encontrado o agente causador. A alergia pode ser sazonal ou crônica. Na primeira, os sintomas tendem a aparecer na mesma época todos os anos. Na outra, geralmente o alérgeno está presente no cotidiano da criança. Existem também diversos tipos de testes que ajudam na identificação de alergias, como o do arranhão, o intradérmico e o exame de sangue. No entanto, o resultado destes quando aplicados em bebês com menos de 18 meses pode ser falsamente negativo, devido ao fato do sistema imunológico da criança ainda ser imaturo ou porque a alergia ainda não se desenvolveu por completo. Como sempre, o acompanhamento médico é essencial.
Embora não possa eliminar completamente o contato entre o nenê e os alérgenos, a mamãe pode tomar diversas medidas para evitar que isto ocorra. Entre elas estão:
 lavar freqüentemente cortinas, mosquiteiros, lençóis, mantas, fronhas e cobertores
 não colocar tapetes e carpetes no quarto da criança
 limpar a casa somente quando o bebê alérgico não estiver no ambiente e não usar vassouras, espanadores ou panos secos
 forrar colchões e travesseiros
 limpar semanalmente as pás do ventilador e o filtro do ar-condicionado
 evitar plantas em xaxim por causa do mofo
 ficar atenta ao contato do nenê com animais de pêlo ou pena
 utilizar sabonetes neutros, desodorantes e xampus sem perfume.
 use somente maquiagem hipoalergênica
 evitar o manuseio de roupas e objetos guardados há muito tempo, devido ao mofo e à poeira
 só oferecer bichos de pelúcia laváveis, mesmo assim evitando que permaneçam muito tempo expostos no quarto do bebê
 evitar odores, fumaças em geral, formol, amônia, éter, tintas, colas, etc.
 evitar desinfetantes com perfume forte
 embora não se acredite que a fumaça do cigarro cause alergia, pode agravá-la
 nunca dê medicamentos sem orientação médica

Nenhum comentário:

Postar um comentário